Amazon mira mercado brasileiro de audiolivros
Por meio da Audible, a gigante do varejo possui mais de 60% do segmento nos Estados Unidos.
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Na edição de hoje:
Amazon quer dominar o mercado de audiolivros brasileiro.
“Inspirada” na Disney, Netflix investe cada vez mais em merchandise para suas produções originais.
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Jeff Bezos quer o ouvido dos brasileiros
DESTAQUE DA EDIÇÃO
(Crédito: Audible/Divulgação)
Em 2022, as vendas de audiolivros movimentaram US$ 1,8 bilhão nos Estados Unidos, principal mercado nesse segmento. Entre os players atuantes na terra Tio Sam, o maior é a Audible, que possui 64,3% de participação de mercado.
Fundada em 1995 e adquirida pela Amazon em 2008, a empresa movimentou US$ 1,14 bilhão em vendas no país em 2022. Agora, a empresa buscará construir seu nome – e praticamente desenvolver a categoria – no Brasil. Isso porque o mercado brasileiro de audiolivros representou apenas 1% dos R$ 131 milhões obtidos por meio de livros digitais no ano passado.
Potencial de crescimento. Em colaboração com a Kantar, a empresa descobriu que:
95% dos entrevistados concordaram que os audiolivros poderiam facilitar um consumo maior de conteúdo de livros.
81% disseram que os audiolivros seriam uma forma de reduzir seu tempo de tela.
Ainda assim, a estratégia inicial da empresa ficará focada em atrair o público. Por exemplo, assinantes do Amazon Prime terão direito a 3 meses grátis do serviço de assinatura do Audible, que custa R$ 19,90 mensais.
“O nosso foco é, de fato, a partir dessas estratégias, entender um pouco o apetite e as preferências deste público consumidor”, disse Adriana Alcântara, diretora-geral da Audible para o Brasil, em entrevista a Exame.
Mais opções que o menu do Coco Bambu. A Audible traz consigo uma biblioteca com aproximadamente 600.000 audiolivros, sendo 4.000 em português. A empresa, inclusive, investiu na produção de 1.500 títulos em português ao longo do último ano, incluindo:
1984, narrado por Otávio Miller.
Dom Casmurro, narrado por Marcos Palmeira.
Orgulho e Preconceito, narrado por Denise Fraga.
Se os audiolivros caírem no gosto dos brasileiros, assim como foi o caso dos podcasts, a Audible certamente irá celebrar. Segundo o DataReportal 2023, o Brasil lidera o ranking global de consumo de conteúdo em podcasts, com 42,9% de seus usuários de internet, com idades entre 16 e 64 anos, ouvindo podcasts todas as semanas.
Visão panorâmica. O mercado global de audiolivros ficou avaliado em US$ 5,36 bilhões no ano passado, mas deve expandir a uma taxa crescimento anual composto (CAGR) de 26,3% de 2023 a 2030 e superar a barreira dos US$ 35 bilhões, segundo a Grand View Research.
Disney fazendo escola
ENTRETENIMENTO
(Crédito: Netflix/Divulgação)
A Netflix está investindo cada vez mais em itens e experiências baseados em suas produções originais para estabelecer um vínculo ainda maior com a sua audiência.
Uma das últimas a ganhar uma linha de merchandise personalizada foi "One Piece”, popular série de mangá adaptada em live-action pela gigante do streaming. No entanto, diferente de outras produções que ganharam coleções exclusivas, a Netflix sequer esperou para ver se “One Piece” teria sucesso em sua plataforma e começou a fabricar mercadorias com cerca 18 meses de antecedência.
Um dos motivos? São milhões de fãs globalmente. Para se ter uma ideia, entre julho de 1997 e agosto de 2022, foram vendidas mais de 516 milhões de cópias em 103 volumes das histórias em quadrinhos da obra (escritas e ilustradas por Eiichiro Oda).
A outra razão foi para não cometer o mesmo “erro” que a empresa teve com a série “Wandinha” no ano passado. Por mais que a Netflix contasse com os fãs de “A Família Addams” e do produtor executivo Tim Burton (que também dirigiu 4 dos 8 episódios), a empresa não se preparou para um possível efeito viral e deixou de adquirir os direitos para produzir merchandise da série com a MGM.
O que aconteceu? Uma dança da personagem interpretada por Jenna Ortega explodiu na internet e a Netflix não se beneficiou das inúmeras vendas de camisetas, brinquedos e bolsas não oficiais que estavam em alta nas redes sociais. Como diria aquele velho ditado: é errando que se aprende.
Por outro lado, quando o sucesso de um programa já é conhecido, pensar em produtos se torna muito menos arriscado. E é exatamente isso que a empresa está observando com a série de época “Bridgerton”, que se passa no período entre 1813 e 1827.
Desde 2021, houve mais de 50 pedidos de casamento nos bailes com a temática “Bridgerton” promovidos pela Netflix.
Vendo esse movimento, a empresa colaborou com a Allure Bridals para criar uma coleção de noivas inspirada na série. Com lançamento previsto para dezembro (mês de estreia da terceira temporada de “Bridgerton”), os preços variam de US$ 1.600 a US$ 3.000 e serão vendidos em salões de noivas em diferentes países.
Highlights: O que mais se destacou nos últimos dias
🚗 Brasil é o primeiro país da América Latina a receber carros da Apple. Equipados com iPhones, iPads e outros dispositivos, os veículos estão mapeando as ruas do mundo para melhorar, entre muitas coisas, os mapas da marca. (Forbes Brasil)
💰 X (antigo Twitter) pagou cerca de US$ 20 milhões a criadores de conteúdo desde julho, disse a CEO Linda Yaccarino. (TechCrunch)
🎤 Após lucrar US$ 579 milhões com sua turnê global “Renaissance”, Beyoncé faz igual a Taylor Swift e anuncia que o filme de sua turnê, “Renaissance: A Film by Beyoncé”, será lançado nas telonas no dia 1º de dezembro. (Folha de São Paulo)
👟 Falando nela. O tênis New Balance 550, usado por Taylor Swift enquanto assistia ao jogo de futebol americano do Kansas City Chiefs no dia 24/09, teve um aumento de 25% em sua receita na semana seguinte. (Complex)
🚀 Empresa estadunidense Relativity Space tem ambições de chegar à Lua e a Marte… só que com foguetes impressos em 3D. (NeoFeed)
Recomendações da semana
🎬 “Jogo Justo” (disponível na Netflix): estrelado por Alden Ehrenreich e Phoebe Dynevor, o filme conta a história que de um casal de colegas de trabalho que vê seu relacionamento colocado a prova após a promoção de uma das partes. O longa-metragem foi adquirido por US$ 20 milhões pela Netflix em janeiro, uma das maiores aquisições da empresa no ano.
📺 “Loki: 2ª Temporada” (disponível no Disney+): entre tropeços e acertos nos últimos anos, a Marvel e seu universo cinematográfico buscam retomar seus dias de glória com o retorno da série protagonizada por um de seus personagens mais populares dos últimos anos. O episódio final da primeira temporada foi assistido por 1,9 milhões de pessoas nos primeiros 5 dias após seu lançamento.
📚 “Extremely Online: The Untold Story of Fame, Influence, and Power on the Internet”. Escrito por Taylor Lorenz, renomada jornalista do The Washington Post, o livro apresenta uma história social inovadora da internet, revelando como a influência online e os criadores que a conquistam remodelaram o mundo atual, tanto online quanto offline.
🖥 “McDonald's VS Burger King. QUAL É O MAIS DIFÍCIL DE VENDER?”. Uma pequena aula sobre marketing de produtos invisíveis e commodities e como fazer marketing para donos de negócios muito apegados a seus produtos. O professor? Nada menos que João Branco, ex-Chief Marketing Officer do McDonald’s no Brasil.
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Espero que você tenha um ótimo dia e nos vemos na próxima sexta-feira.
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